Tuesday, September 11, 2007

Notícia de 1ª página!!!

Ah pois é...


E mais: uma página inteira só para mim!!


Tuesday, July 3, 2007

E assim acontece...

Ou melhor, aconteceu...
Foi, até hoje, a viagem da minha vida.
12.000 kms.
9 países visitados.
Cerca de 55 depósitos de combustível.
16 dias de viagem.
Muitas histórias por contar.
Fotografias gravadas na memória que jamais se apagarão.
Conheci muita gente simpática e prestável.
Fiz algumas amizades.
TUDO correu bem.
Tenho noção de que se tivesse viajado com mais pessoas, teria sido uma viagem completamente diferente: quer em termos de ritmo/velocidade, quer em termos de tempo e, muito provavelmente, em termos de locais visitados.
Quando viajamos sozinhos, as coisas são vistas com outros olhos, e algumas delas, que merecem ser partilhadas, acabam por ser vistas à pressa... com outro sentido...
Mas esta viagem foi, praticamente desde o início, planeada para ser feita sozinho.
Foi um verdadeiro desafio para mim, pois desde que fui para os Açores, já não estava habituado a percorrer longas distâncias de mota, durante tanto tempo seguido.
Mas, como se costuma dizer, é como andar de bicicleta...
Ainda me lembro do nervoso miudinho que me assolou durante a véspera da viagem, e nas primeiras horas em que circulei pelas nossas estradas.
Volto a dizer que a Europa é um continente suberbo, ainda com muitas coisas por descobrir. É certo que outros continentes e certos países poderão ser mais atractivos e exócticos (mas não serão todos, cada um à sua maneira?), mas a Europa é ainda capaz de proporcionar surpresas magníficas, com paisagens e pessoas interessantíssimas. Ainda com muitos caminhos por descobrir.
Se me perguntarem se voltaria a fazer a viagem...
Claro que sim!! Mas agora que sei o que me aguardaria de novo, penso que faria o sentido inverso: subiria pela Noruega e desceria pela Suécia. Apesar de que, com a quantidade de mosquitagem que esvoaça por aquelas bandas nesta altura do ano e que tapam literalmente a viseira do capacete, ser mais difícil conduzir contra o Sol... e não nos podemos esquecer que, nesta altura do ano, há sempre claridade o dia inteiro.
Mas, dada a lentidão com que se circula pelas estradas norueguesas, por muito pouco que se possa acelerar nas estradas suecas, sempre dá para arejar melhor a cabeça depois. Para além disso, as paisagens norueguesas, para mim, foram as mais bonitas da Escandinávia.
Penso que vos transmiti uma imagem suficientemente esclarecedora da minha viagem, e que alguns de vós possam tirar daqui ideias para uma futura ida ao Cabo Norte que, vos garanto, vale MESMO a pena!!
Agradecimentos? A TODOS os que, de uma forma ou de outra, me acompanharam durante toda a viagem (um GRANDE e especial abraço a toda a Família Louro, pela Amizade e apoio ao longo deste últimos e difíceis anos).
À Catarina...
À minha Mãe...
E em especial, ao meu Pai...
Bem-hajam!

Monday, July 2, 2007

16º dia: Niort - Pombal

Levantei-me cedo... ciente do loooooongo caminho que me esperava... cerca de 1300 kms...
Mas as previsões do tempo apontavam para sol o caminho todo...

O trânsito continuava infernal. Até San Sebastian filas e filas de carros parados.
Para além dos franceses que iam para a costa a zona de Biarritz/Bayonne, muitos marroquinos a dirigirem-se para o Sul de Espanha por aquela zona.

Tenho noção de que atravessei o País Basco (desde a fronteita até Burgos) por um trajecto diferente daquele que utilizei quando me dirigia para Norte.
Seja como for, foi um dia inteiro a queimar pneu (até ficou quadrado no meio!!), a abastecer, a aproveitar para comer qualquer coisa nos entretantos...

O sol apertou durante a tarde, mas amainou para o fim da tarde, quando me aproximava da fronteira.

Deve ter sido das poucas vezes que passei por Espanha, e não vi o Osborne (o famoso touro preto que existe espalhado em cartazes um pouco por toda a Espanha, mas mais para a zona Sul).
Em contrapartida, de Salamanca até Vilar Formoso, decidiram enfeitar a estrada com alguns touros de uma raça desconhecida



Já em terras lusas, e depois de sair da A23, segui pelo IC8 até Pombal, aguardava-me um fabuloso pôr-do-sol, para terminar em beleza um dia bastante exigente



Mas nada como o reencontro com a minha Mãe...

15º dia: Dinant - Niort

Que sabor estranho na boca... mmmm... Pois... Leff's...uns Portos... já sabia que ia dar nisto
Acabei por acordar já tarde... ao meio-dia...

Ia ser um dia puxado... ainda para mais com a travessia de Paris, a uma sexta-feira, ainda por cima, início de férias para milhões de franceses...

Allô estrelinha... allô...

Despedidas feitas, fiz-me à estrada.

Amigos... companheiros... acho que os belgas conduzem pior, mas MUITO pior que nós!!
Ainda por cima, as autoestradas deles estão cheias de remendos e de buracos...
Enfim...

Quanto à travessia de Paris... 1 hora para passá-la de ponta a ponta, com milhares de carros parados... e com a polícia a abrir caminho durante umas dezenas de quilómetros que, eu e mais uns quantos, não podíamos deixar de aproveitar eheheh



É contudo inacreditável o civismo dos franceses para com as motas: as filas da esquerda e do meio, criam um autêntico corredor para as motas. Se cá fosse assim...
Muitos quilómetros de carros parados depois, o que não permitia um ritmo muito elevado, acabei por me aperceber que seria impossível chegar a horas decentes a Bordéus.
Decidi ficar por Niort, uma cidade simpática, a 150 kms a Norte de Bordéus, num Ibis com um rstaurante que tinha umas espetadas com diversos molhos simplesmente divinais!!
Moral da história: cerca de 720 kms...
Amanhã... Portugal - Pombal - Mamãe!!

14º dia: Flensburg - Dinant

O tempo tinha realmente melhorado... apenas alguns pingos de chuva, mas nada de preocupante.
E assim foi, durante a viagem até Dinant, sempre a um ritmo frenético, a tirar partido das autoestradas alemãs, com centenas de motas como companheiras de viagem, que se dirigiam a Assen, na Holanda para o Moto GP e outras que iam para França, Magnicourt, para assistirem ao GP de F1.
Dia sempre a rodar, em que apenas há de importante a registar, o fabuloso jambonneau com molho de mostarda, acompanhado por uma maravilhosa Leff que me aguardava ao jantar, no restaurante da já conhecida Janine.
Amanhã... Bordéus... ou não: depende de como iria acabar a noite ; ))

13º dia: Allborg - Flensburg

O DILÚVIO!!!!
Diz o povo que a esperança é sempre a última a morrer... mas nada a fazer contra o nº 13 eheheh
Ainda pensei que, por algum milagre o tempo melhorasse e, de uma estirada, conseguisse chegar a casa do meu casal amigo na Bélgica...
Despedi-me do Alex e do Owen, e fiz-me à estrada...
Apenas consegui fazer 300 kms em condições que NUNCA, mas NUNCA tinha visto!! Nunca tinha desafiado os elementos daquela forma... rajadas de vento fortíssimas (120/130 kms/h vi mais tarde na televisão), cheias em muitas cidades... Foi tal, que nem os ferrys saíram dos portos!!
A muito muito custo, consegui chegar a Flensburg e refugiar-me no Etap...
Lamento, mas nada mais a dizer... nem sequer fotos!
Amanhã será outro dia.
Com sorte, Bélgica, e jantar com a Jaqueline e o Robert...

12º dia: Hamar - Alborg

Início do dilúvio!!!!

O dia estava bonito, com sol... apenas uma aragem fresca que, pensei eu, me ajudaria a suportar a viagem até Flensburg, na Alemanha. Ou, tendo em conta que seriam 1050kms, tentaria chegar a Odense (apenas a 890kms).

Pois sim...

Se viram as notícias, devem ter visto que houve um dilúvio terrível para aquela zona: Norte da Alemanha, Dinamarca e Sul da Suécia...

Lá consegui fazer 400 kms até Goteborg. Tinha visto que dava para apanhar um ferry até Frederikshavn na Dinamarca (tudo muitíssimo bem sinalizado). Dirigi-me às instalações da Star Line, comprei o bilhete e ainda tive de esperar 1h30: tinha perdido o ferry por 10 minutos... Ainda assim, consegui albergar-me debaixo dum telheiro, enquanto a chuva e o vento não davam descanso.
Algumas motas foram chegando também... e lá nos chamaram para sermos os primeiros a entrar.
Acabei por conhecer dois Galeses, Alex e Owen, que viajavam em duas BM's, e que tinham saído do Reino Unido de ferry até Bergen, na costa Norueguesa.


(Owen e Alex)

Já dentro do ferry, acabei por deixar a mota junto das de 3 finlandeses, que vinham carregados de esticadores, e que me ajudaram a deixar a mota literalmente pregada ao chão


Dentro do ferry, reencontrei-me com os dois galeses a quem se tinha juntado Antony, um alemão de 73 anos!! a viajar sozinho numa BM R850. Simpático, muito educado, tinha deixado a mulher em casa, e era já a 2ª vez que ia ao Cabo Norte.
A viagem durou 3 horas, que passaram num àpice, mas que deu para falar sobre tudo, e em que eram notórias as diferenças culturais existentes entre os quatro, mas que no fim, nos aproximou como viajantes. Ao fim ao cabo, é este o tal espírito motard, com quem tanta gente goza, mas que, para quem viaja de carro, é (quase) impossível de ter.
Antony iria ficar em Frederikshavn, e eu com o Alex e o Owen, decidimos fazer mais uns 60 kms até Allborg, onde tentaríamos ficar no Quality Hotel daquela cidade.
Com a chuva a acalmar, mas o vento a soprar cada vez mais forte, conseguimos chegar ao nosso destino, mas ainda andámos um pouco perdidos dentro da cidade, pois esta estava cheia de obras. Mas, pelo que me pude aperceber, é uma cidade muito interessante, a merecer sem dúvida, uma visita mais demorada.
No hotel, deixámos as motas na garagem, muito bem acompanhadas


(Pormenor da mota do Owen)
O vizinho




Ainda tempo para comer qualquer coisa... duche... e cama!
O dia seguinte, de acordo com as previsões metereológicas, iria ser uma verdadeira odisseia...