Monday, July 2, 2007

12º dia: Hamar - Alborg

Início do dilúvio!!!!

O dia estava bonito, com sol... apenas uma aragem fresca que, pensei eu, me ajudaria a suportar a viagem até Flensburg, na Alemanha. Ou, tendo em conta que seriam 1050kms, tentaria chegar a Odense (apenas a 890kms).

Pois sim...

Se viram as notícias, devem ter visto que houve um dilúvio terrível para aquela zona: Norte da Alemanha, Dinamarca e Sul da Suécia...

Lá consegui fazer 400 kms até Goteborg. Tinha visto que dava para apanhar um ferry até Frederikshavn na Dinamarca (tudo muitíssimo bem sinalizado). Dirigi-me às instalações da Star Line, comprei o bilhete e ainda tive de esperar 1h30: tinha perdido o ferry por 10 minutos... Ainda assim, consegui albergar-me debaixo dum telheiro, enquanto a chuva e o vento não davam descanso.
Algumas motas foram chegando também... e lá nos chamaram para sermos os primeiros a entrar.
Acabei por conhecer dois Galeses, Alex e Owen, que viajavam em duas BM's, e que tinham saído do Reino Unido de ferry até Bergen, na costa Norueguesa.


(Owen e Alex)

Já dentro do ferry, acabei por deixar a mota junto das de 3 finlandeses, que vinham carregados de esticadores, e que me ajudaram a deixar a mota literalmente pregada ao chão


Dentro do ferry, reencontrei-me com os dois galeses a quem se tinha juntado Antony, um alemão de 73 anos!! a viajar sozinho numa BM R850. Simpático, muito educado, tinha deixado a mulher em casa, e era já a 2ª vez que ia ao Cabo Norte.
A viagem durou 3 horas, que passaram num àpice, mas que deu para falar sobre tudo, e em que eram notórias as diferenças culturais existentes entre os quatro, mas que no fim, nos aproximou como viajantes. Ao fim ao cabo, é este o tal espírito motard, com quem tanta gente goza, mas que, para quem viaja de carro, é (quase) impossível de ter.
Antony iria ficar em Frederikshavn, e eu com o Alex e o Owen, decidimos fazer mais uns 60 kms até Allborg, onde tentaríamos ficar no Quality Hotel daquela cidade.
Com a chuva a acalmar, mas o vento a soprar cada vez mais forte, conseguimos chegar ao nosso destino, mas ainda andámos um pouco perdidos dentro da cidade, pois esta estava cheia de obras. Mas, pelo que me pude aperceber, é uma cidade muito interessante, a merecer sem dúvida, uma visita mais demorada.
No hotel, deixámos as motas na garagem, muito bem acompanhadas


(Pormenor da mota do Owen)
O vizinho




Ainda tempo para comer qualquer coisa... duche... e cama!
O dia seguinte, de acordo com as previsões metereológicas, iria ser uma verdadeira odisseia...