Tuesday, July 3, 2007

E assim acontece...

Ou melhor, aconteceu...
Foi, até hoje, a viagem da minha vida.
12.000 kms.
9 países visitados.
Cerca de 55 depósitos de combustível.
16 dias de viagem.
Muitas histórias por contar.
Fotografias gravadas na memória que jamais se apagarão.
Conheci muita gente simpática e prestável.
Fiz algumas amizades.
TUDO correu bem.
Tenho noção de que se tivesse viajado com mais pessoas, teria sido uma viagem completamente diferente: quer em termos de ritmo/velocidade, quer em termos de tempo e, muito provavelmente, em termos de locais visitados.
Quando viajamos sozinhos, as coisas são vistas com outros olhos, e algumas delas, que merecem ser partilhadas, acabam por ser vistas à pressa... com outro sentido...
Mas esta viagem foi, praticamente desde o início, planeada para ser feita sozinho.
Foi um verdadeiro desafio para mim, pois desde que fui para os Açores, já não estava habituado a percorrer longas distâncias de mota, durante tanto tempo seguido.
Mas, como se costuma dizer, é como andar de bicicleta...
Ainda me lembro do nervoso miudinho que me assolou durante a véspera da viagem, e nas primeiras horas em que circulei pelas nossas estradas.
Volto a dizer que a Europa é um continente suberbo, ainda com muitas coisas por descobrir. É certo que outros continentes e certos países poderão ser mais atractivos e exócticos (mas não serão todos, cada um à sua maneira?), mas a Europa é ainda capaz de proporcionar surpresas magníficas, com paisagens e pessoas interessantíssimas. Ainda com muitos caminhos por descobrir.
Se me perguntarem se voltaria a fazer a viagem...
Claro que sim!! Mas agora que sei o que me aguardaria de novo, penso que faria o sentido inverso: subiria pela Noruega e desceria pela Suécia. Apesar de que, com a quantidade de mosquitagem que esvoaça por aquelas bandas nesta altura do ano e que tapam literalmente a viseira do capacete, ser mais difícil conduzir contra o Sol... e não nos podemos esquecer que, nesta altura do ano, há sempre claridade o dia inteiro.
Mas, dada a lentidão com que se circula pelas estradas norueguesas, por muito pouco que se possa acelerar nas estradas suecas, sempre dá para arejar melhor a cabeça depois. Para além disso, as paisagens norueguesas, para mim, foram as mais bonitas da Escandinávia.
Penso que vos transmiti uma imagem suficientemente esclarecedora da minha viagem, e que alguns de vós possam tirar daqui ideias para uma futura ida ao Cabo Norte que, vos garanto, vale MESMO a pena!!
Agradecimentos? A TODOS os que, de uma forma ou de outra, me acompanharam durante toda a viagem (um GRANDE e especial abraço a toda a Família Louro, pela Amizade e apoio ao longo deste últimos e difíceis anos).
À Catarina...
À minha Mãe...
E em especial, ao meu Pai...
Bem-hajam!